Quase R$ 400 mil em menos de um mês. Esse foi o rombo nos cofres da Prefeitura de Vargem Grande apenas com “manutenção” de aparelhos de ar-condicionado nas escolas da rede municipal. O dinheiro foi parar nas contas da empresa AFR Serviços Ltda, responsável pelo contrato milionário.
Entre os dias 02 e 25 de setembro, a gestão do prefeito Raimundo Nonato Rodrigues da Costa – o Preto (PP) despejou R$ 394.452,25 em pagamentos à empresa. O detalhe é ainda mais escandaloso: os valores foram pagos em apenas dois dias e variaram de R$ 27,9 mil a quase R$ 93 mil.
Com essa bolada, seria possível comprar 200 aparelhos novos e equipar praticamente toda a rede municipal de ensino, ao invés de gastar com uma manutenção que levanta suspeitas de maquiagem contratual.
A análise documental revelou que a Secretaria Municipal de Educação firmou três contratos fracionados com a mesma empresa, somando R$ 1.059.805,00. O fracionamento — com valores de R$ 308.400,00; R$ 335.095,00 e R$ 416.310,00 — indica clara tentativa de burlar a legislação, configurando, em tese, ilícito administrativo e criminal.
Ou seja, enquanto alunos e professores enfrentam precariedades, a Prefeitura de Vargem Grande abre as torneiras do dinheiro público para contratos que exalam indícios de corrupção, favorecimento e improbidade administrativa.
Caso o Ministério Público Estadual resolva agir, os envolvidos podem ser enquadrados no artigo 12 da Lei de Improbidade Administrativa, sujeitos a perda da função pública, suspensão dos direitos políticos, pagamento de multas pesadas e até proibição de contratar com o poder público.
Mais uma vez, a gestão do prefeito Preto é alvo de acusações que deixam no ar uma pergunta inevitável: quanto custa a “manutenção” da corrupção em Vargem Grande?


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